projeto Interface: Viola Caipira na Casa Mandicuera

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Viola Caipira na Casa Mandicuera

Na foto podemos vê-los atentos às orientações dos mestres. Integram o grupo de aprendizes de viola de fandango, que nas tardes de sábado deixam a cidade de Morretes e seguem para a Ilha dos Valadares, em Paranaguá onde se unem aos outros alunos da Casa Mandicuera.

Viola Caipira Viola de Fandango

Passam horas trabalhando a posição dos dedos e os acordes cuidadosamente indicados por Mestre Zeca. O esmero ajuda na transição de um a outro instrumento. São tocadores de viola caipira e serão tocadores de viola de fandango.
No dia 30 de março, foram para o almoço e levaram seus instrumentos. Enquanto Denis Lang preparava a carne na chapa do fogão à lenha, exercitavam sequências e ritmos com o apoio de Aorélio Domingues. Mas depois do almoço e antes da tarde fandangueira nos presentearam com boas modas de viola, levadas com a simplicidade de quem toca com e por prazer.
A habilidade à mostra, no improviso e sem esforço, remete ao comprometimento no aprendizado do fandango. Postura de músicos que se apropriam da própria cultura e a transmitem com honestidade. João Batista S. De Andrade e Fernando Nunes Cordeiro enriquecem as manifestações culturais do litoral paranaense.

Fotos Erly Ricci e Silzi Mossato

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Projeto Interface

O Projeto Interface , compartilhado pela OSS – Organização de Cultura e Cidadania de Sol a Sol e a Kaaruara Edições, pretendedar visibilidade às manifestações culturais mais representativas dahistória da formação do povo brasileiro, priorizando as pequenascomunidades e, ao longo do processo, formar uma rede dedivulgação através da mídia eletrônica.
A proposta tem como foco: identificar, registrar e divulgar as açõesde organizações formais e informais, que, inseridas nascomunidades, se ocupam de manter, resgatar e recriar a própriacultura.
Quando tratamos de CULTURA nos reportamos as manifestações criadas, recriadas, vivenciadas, experimentadas pelas pessoas de um determinado espaço geográfico, num determinado período de sua história, mas que interage com outros elementos de outros espaços e tempos. Tratamos do fazer artístico nos quais nos projetamos, das relações de trabalho, das relações sociais e com o próprio ambiente. Mas também nos reportamos a identidade coletiva e individual, as referências coletivas e pessoais, aos valores que norteiam as ações particulares e das comunidades. Falamos de pertencimento, de raízes, de reconhecer-se indivíduo diferenciado e ao mesmo tempo, semelhante e participante. E, nesta identidade e identificação cultural reside o alicerce para a realização do proposito de vida de cada um.
Muitos grupos que atuam nas comunidades, foco do Projeto Interface, se organizaram como Pontos de Cultura, fomentados através do Projeto CULTURA VIVA, do Ministério da Cultura. Outros cumprem anonimamente o papel escolhido, vivendo apenas do ato prazeroso de ser agente, de manifestar-se coletivamente. O entrelaçamento de um e outro, assim como o resultado do suporte dado pelo Cultura Viva, também serão registrados.